Mais de 10,5 milhões de carros com 10 ou mais anos de vida circulam pelo Brasil. Só os carinhosamente chamados de velhinhos, com mais de 15 anos, são 4 milhões. Muitos antigos estão super conservados por colecionadores e entusiastas que guardam a história do automóvel completamente dentro da lei. Esses, representam a exceção. A esmagadora maioria roda por aí poluindo, causando acidentes e congestionamentos, além de consumir recursos que deveriam ser direcionados aos veículos novos.
Não vamos fugir da realidade do auto-transporte. Estamos ligados a eles (os carros) e encarar o problema é melhor do que resmungar e não fazer nada.
Mas também temos poucas alternativas na mesa. Veja o noticiário: ou exalta os carros novos ou critica o grande volume de veículos vendidos. São poucos que discutem de forma assertiva os problemas do transporte individual. Tá faltando conhecimento, debate, propostas…e ação.
A primeira grande verdade é que o carro velho abandonado causa problemas pra sociedade – custo do reboque e do pátio, que são mantidos pelo estado até o dono regularizar a situação do bem (que quase nunca acontece). Veículos irregulares rodando também custam pra sociedade, além de poluírem o ambiente. Isso sem contar a ameaça que representam, pois estão sem condições de oferecer segurança requisitada em lei para os veículos de todas as categorias (duas e quatro rodas, além dos caminhões).
Então, que tal cuidar de verdade desse problema em vez de botar a culpa exaustivamente nas vendas de carros novos?
Um dos benefícios de atuar com mais prioridade sobre os veículos velhinhos seria o desenvolvimento de uma indústria da reciclagem. Haveria mais peças boas retiradas desses veículos para consertar outros modelos. A própria reciclagem dos diversos materiais dos veículos serviriam não apenas à indústria automotiva, mas também outros setores.
Sem os carros que não apresentam condições nas ruas haveria menos acidente e melhor fluxo. Pois uma Kombi velha, um Corcel um Fiat 147 ou um Chevette caindo aos pedaços sempre atrapalham a gente.
São tantas opções quando queremos agir para melhorar nossa vida, que pensamos em resumir da seguinte forma esse tema: Quem gosta cuida. Quem não quer mais, jogue fora de forma consciente. E quem não pode manter, use o transporte coletivo.