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O fim de A Favorita

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IRMÃO ROCHA #1

Segue aqui, em primeiríssima mão, o final da novela global A Favorita. Conseguimos estas informações com uma fonte dentro da Globo, que sentiu-se ameaçada por este modesto blog após divulgarmos o ultra-secreto telefone da produção do Jô Soares. Lá vai:

Zé Bob: descobre-se que é viado e tem um caso com o editor-chefe e proprietário do jornal O Paulistano – por isso nunca foi mandado embora do jornal, apesar de aparecer na redação quando quer. E, quando aparece, sempre vem alguém atrás dele em meio ao ambiente de trabalho irritando os colegas jornalistas: família, Flora, Donatela etc. Durante a novela toda só fez uma matéria – a tela do seu computador está sempre com o cabeçalho O Paulistano e no máximo um parágrafo de texto. Donatela e Flora ficam putas porque descobrem que ele só catou elas para descobrir informações para sua matéria. No fundo, tinha nojo.

Lara: Se fudeu. Tomou um pé do Cassiano e outro do Halley – veja o porquê abaixo. Foi expulsa de casa pelo vovô Gonçalo porque esse se ligou que a mina era uma puta duma chata, mimada e nunca trabalhou na vida. Deprimida, vendeu o Land Rover, comprou o Gol podre de Zé Bob e cheirou a diferença. Foi morar numa pensão na Praça da República e é zuada constantemente por seu cabelo arrepiado todo sem corte, pois vovô confiscou a chapinha e os gastos no cabelereiro. Vive hoje de vender DVDs pirata nas redondezas do centro da cidade.

Copola: Se fudeu também: casou com a Glória Menezes.

Irene: Outra que se fudeu: casou com o Tarcísio Meira. Há alguns anos seria legal, mas ele está em fim de carreira. Assim como ela.

Dodi: A casa dele caiu, mas se recuperou. Perdeu a mansão, mas vendeu o Mustang e com a grana se mudou para o subúrbio carioca. Lá, matou um cara, pintou o cabelo de loiro, abriu uma empresa de segurança particular e foi eleito O Homem do Ano.

Cassiano: O terceiro representante do núcleo de chatos da novela, ao lado da Lara e Irene, deu um pé na bunda de Lara quando descobriu que ela deu para todos os professores para passar na faculdade, visto que mesmo não trabalhando nunca estudava e quando ia na faculdade, o que era raro, ou se atracava com alguém ou encontrava a Donatela ou a Flora na cantina e ficava horas lá conversando. Hoje canta e toca em festas de batizado.

Diduzinho: Esse se deu bem: ganha a vida como cover do Seu Jorge.

Orlandinho Queiroz: Também se deu bem. Ganha a vida como mascote da torcida do São Paulo Futebol Clube, inclusive representando o time em eventos sociais e esportivos.

Halley: Depois do choque de descobrir que sua verdadeira mãe é Dona Nenê, de A Grande Família, e que portanto ele não pode catar Tuco, seu grande amor, pois seria incesto, recebe a notícia de que foi batizado com o nome de um cometa que nunca apareceu. Revoltado, dá um pé na bunda de Lara e assina contrato com a Record.

Maria do Céu: como o personagem perdeu importância na novela e ela é uma puta de uma chata, tão chata que até o núcleo dos chatos rejeitou sua entrada, não teve um destino na novela. Ignoraram ela e ninguém percebeu, preocupado com o destino dos outros personagens mais legais. Mas foi vista chorando ao ver um CD pirata do O Rappa na banquinha de Lara.

Augusto César: Se deu bem – ganha a vida como cover do Patropi.

Donatela: Se deu bem, depois de tanto sofrer: casou com o Edson Celulari, e ele é 3G. Mas descobre que Faísca e Espoleta foi o Milli Vallini brasileiro e tenta se matar; É salva por um jumento e, por isso, separa-se de 3G e casa-se com Leonardo.

Flora: Se deu bem pacas! Foi desmascarada, mas casou com Romildo, que entrou com um pedido de anulação de todos os julgamentos dela no STF, concedido por Gilmar Mendes. Continuou ricaça e mantém um caso amoroso com Daniel Dantas, seu grande herói.

FIM

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ATRAVESSADA IRMÃO ROCHA #2

Não tem jeito. Novela mexe com o brasileiro. Tá na boca do povo. Pode testar: em qualquer lugar do País que esteja, para puxar conversa com as pessoas basta comentar o último capítulo da novela das 8. Pronto: o bate-papo tá encaminhado. Ouso dizer que novela une o brasileiro mais que a política – já que nesse tema todo mundo tem memória curta.

Nem a drástica queda da audiência da novela das 8 – e de todas as outras da Globo – consegue mudar essa compulsão do brasileiro por elas. Até o Irmão Rocha, que no horário nobre provavelmente está navegando nos canais a cabo, se mobilizou para dar em primeira mão o fim da Favorita (quááááááá). Essa é a maior prova do poder desse folhetim televisivo.

E apesar de todos os (alguns válidos) argumentos contra a cultura da novela, ainda assim acredito no seu poder de mobilização e de entretenimento.

Tudo bem, o Marcelo Tas está certo quando diz que um folhetim minuciosamente preparado para ir ao ar – podendo custar milhões de reais o capítulo -, é produção pobre quando comparado com iniciativas mais criativas que mixam realidade e ficção na TV Brasileira.

Mesmo assim, de novo, novela faz parte da nossa cultura e isso não dá pra negar.

Mas como tudo na vida, novela deve ser consumida com parcimônia. Não dá pra viciar e engatar uma na outra.

Tem que ser encarada como uma diversão, uma com a qual nos identificamos. Não posso afirmar com 100% de certeza, mas desconfio que assistir novela é melhor do que ter em nossa programação todos os programas que acabaram por alienar completamente o telespectador americano médio. Construído há três décadas esse processo que teve – e ainda tem – uma diversidade de programas, séries e que tais lançados com o único propósito de criar uma visão deturpada da realidade, fez mais mal à sociedade americana do que faz a novela para a brasileira.

Ah, e voltando ao capítulo final. A única verdade do desfecho dos personagens de A Favorita acima é a de que o Zé Bob é gay. De verdade!

opiniao-no-muro

 
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Publicado por em 11 dezembro 2008 em TV, Uncategorized, Vida Urbana

 

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